Passou-se mais um dia, de repente
Mas este, sem nada fazer crer
Não foi um dia triste como os outros
Este foi para bem melhor diferente
Trabalhar nunca pareceu tão fácil
Passou num ápice esse penoso tempo
Almoço farto, enorme o apetite
O tempo, a voar como o vento
Tomar café, falar como viver
Com quem os frios dias me aquece
De tudo e nada, tudo dizer apetece
E o tempo, esvaindo-se a correr
O por-do-sol, na escada de pedra
Com irmãos de alma a olha-lo a meu lado
Iluminando o fim de mais um dia
Num quadro que jamais será pintado
Jantar de amigos, e mais uma conversa
Voltar para casa, que já o tempo foge
E se amanha não for dia melhor
Espero que seja tão bom como foi hoje.
Braga, 21 de Janeiro de 2004, 2:30
Então, até amanha!
18 janeiro 2004
Do Outro Lado
Do outro lado
Os faróis me assombram.
Etéreos, iluminando,
Tocando o amâgo de mim.
E o som, que mal ouvi,
Ecoa nas paredes
Das memórias minhas,
Ribombando qual trovão.
E o sol fugaz
Ofusca a luz do salão,
Tudo despertando em mim,
Doendo sem brilhar.
Ainda vejo e sinto
Os teus olhos, a tua voz, a tua face.
E de novo nos vejo,
Eu e tu, sózinhos
No meio de tantos outros.
Mas tu sempre ficaste
Do outro lado.
Braga, 16 de Janeiro de 2004, 5:20
Os faróis me assombram.
Etéreos, iluminando,
Tocando o amâgo de mim.
E o som, que mal ouvi,
Ecoa nas paredes
Das memórias minhas,
Ribombando qual trovão.
E o sol fugaz
Ofusca a luz do salão,
Tudo despertando em mim,
Doendo sem brilhar.
Ainda vejo e sinto
Os teus olhos, a tua voz, a tua face.
E de novo nos vejo,
Eu e tu, sózinhos
No meio de tantos outros.
Mas tu sempre ficaste
Do outro lado.
Braga, 16 de Janeiro de 2004, 5:20
17 janeiro 2004
Vidas
No mar, eis os veleiros
De rotas distintas.
As vezes juntos,
Qual cardume,
Outras afastados
Como lobos na noite.
De destino certo, vogam
Ao sabor de ventos,
Tempestades ou calmia.
De pouco vale leme,
Pois o mar manda
Onde a seguir vão.
Alguns encalham.
Outros, rasgam-se as velas.
Outros há que vão
Na direcção errada.
Outros ainda
Parados no mar alto.
Eu parei.
Fiquei aqui,
A ver-te.
E tu,
Que vogavas
À deriva
Partiste
De velas ao vento
Na rota certa
E eu
Vi-te partir
E sorri.
Braga, 15 de Janeiro de 2004, 6:40
De rotas distintas.
As vezes juntos,
Qual cardume,
Outras afastados
Como lobos na noite.
De destino certo, vogam
Ao sabor de ventos,
Tempestades ou calmia.
De pouco vale leme,
Pois o mar manda
Onde a seguir vão.
Alguns encalham.
Outros, rasgam-se as velas.
Outros há que vão
Na direcção errada.
Outros ainda
Parados no mar alto.
Eu parei.
Fiquei aqui,
A ver-te.
E tu,
Que vogavas
À deriva
Partiste
De velas ao vento
Na rota certa
E eu
Vi-te partir
E sorri.
Braga, 15 de Janeiro de 2004, 6:40
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