Houve um dia água do mar
A escorrer pelas colinas
E perolas cristalinas
Que deixaram de brilhar
Houve um dia asfixiante
De dormência, de torpor
A temperatura, o odor
De lava calcinante
O metal ardente
Enterrado no ventre
Da terra-mãe em dor
Deixando-a doente
Mas não para sempre
Um dia estará melhor
Braga, 3 de Março de 2004, 1:58