05 novembro 2003

Musa Inspiradora

Já que ela tanto insiste,
À minha Musa Inspiradora
Vou cantar eu desta forma,
Pois homem algum lhe resiste,
Um cantico de pássaro ferido,
Um muito sentido obrigado
Por me ajudar em meu fado,
Na mágoa, no desatino.
Por ouvir meus devaneios,
Sempre tão negros e feios

Gravado está em meu corpo
O calor do teu sorriso.
Se no tempo impreciso,
Não se apaga com um sopro.
Desenhada levo a fala,
As palavras perecíveis
E os jeitos imperceptíveis
Que te traem a falsa calma.

Eis a cabana que te fiz,
Caiada com o pó do giz.

Braga, 5 de Novembro de 2003, 3:06