22 outubro 2003

Bela Tunante

Oh bela tunante,
Vou-te cantar
Num breve instante

Com meu bandolim
Vou-te mostrar
O que és para mim.

Ao ver-te à janela
Me apercebi
Que és a flor mais bela

E hoje, como antes,
Oh bela tunante,
Eu gosto de ti.


Cabelo castanho, de mel o olhar
À tua beleza venho murmurar.
O sinal no rosto, o trato gentil
A boca pequena, sorriso infantil.

Um sorriso apenas, e eu subo aos ceus
Sempre esperando os doces beijos teus
E no som dos teus labios me deixo embalar
Sempre neles pensando, à luz do luar.

Oh bela tunante, que me tens encantado
Em teu doce sorriso estou aprisionado
Mas estas cadeias, a que agora me rendo
Não quero que quebrem, mesmo podendo

Pois só elas me trazem a tua lembrança
E, mesmo doendo, me enchem de esperança
Que num murmurar, num breve instante
Me libertes num beijo, oh bela tunante.