29 outubro 2003

Meretriz

A meretriz que dormitava
No sonho viajava.
Mas não sabia
Quem a ela via,
Através da janela,
À mulher mais bela.
Um jovem rapaz espreitava
E a ela, em sonho, amava.
Mas a meretriz acordou
E o rapaz do seu sonho despertou.
Pois o amante, pela janela, viu
E seu coração de barro se partiu.
Era a "sua" amada, ciumes sentiu.
Destroçado, de cabeça perdida,
Pouco demorou a por fim à sua vida.
E ela o não soube
Até que morreu.
Quando soube, chorou
Por amar o filho seu.