O que mais queria agora, o que mais eu desejava,
De entre todas as coisas, aquela que eu mais gostava,
Era sentir o teu perfume em meus lençois,
Sentir o calor do teu corpo junto ao meu,
Era olhar os teus olhos, quais dois sois,
Era tocar o belo rosto que é o teu.
Ver tremer os teus lábios ao murmurares meu nome,
Sentir-te calma e feliz ao estares comigo,
Ser água para a tua sede e fruta para a tua fome,
Sentir-me da tristeza o teu porto de abrigo.
São coisas simples, o que de ti desejo,
Nenhuma delas é coisa de maior,
Mas toda a noite me vejo ao espelho,
Sozinho e triste, sem ti em meu redor.
Será que um dia me perfumarás a vida?
Braga, 16 de Outubro de 2003, 3:46