26 outubro 2003

Confissão

Revela-me
Os teus medos profundos,
Que te fazem sentir insegura.

Confia-me
Os segredos mais amargos,
Que te fazem sentir magoada.

Conta-me
As vidas já esquecidas,
Que passaram na tua vida.

Recorda-me
O quanto choraste,
Pelas palavras que não ouviste.

Para depois poder dizer-te
Que a esperança ainda existe.
E, ainda que não te baste,
Se outro te não ama,
Amo-te eu.

Guarda, 14 de Julho de 1994, 6:30.